quarta-feira, 21 de outubro de 2009

E por falar em ética

Artigo sobre Ètica e Cidadania
Ellison Oliveira_
E por falar em ética
Partindo do pressuposto da pensada filosofia moral do teórico alemão Kant do Sec. XVII, destacamos duas palavrinhas chaves incorporadas ao nosso discurso: Dignidade e respeito, sim esses substantivos servem para nos dar noções fundamentais de humanidade, mas o que realmente significa o vacábulo “humanidade”?
Ser humano é agir de que forma? De que maneira posso conceber-me como ser-humano e atuar como agente social transformador, sem abrir mão da dignidade e do respeito comigo e para com os outros? Respeito a que tipos de interesses? Particulares ou coletivos?
Entao; diante da tamanha fragmentação do sujeito contemporâneo, é inevitável presenciarmos ou ficarmos sabendo de inúmeros episódios constatando a falta de escrúpulos em relação ao exercício das profissões e até mesmo no exercício da cidadania, que está intimamente ligada à prática da ética nossa de cada dia.
É notório que, por um lado temos a ética permitindo as inúmeras possibilidades de expressão de diversidades em espaços de âmbito público reconhecidos pela inexistência de valores universais. Em contra partida é inevitável a pergunta que não quer calar, como trabalhar eticamente, quando sabemos que uma das características da globalização é exatamente a negação da individualidade?
Posso copiar esse ou outro produto de forma alternativa? Só para eu ter um produto cultural, muitos acreditam que em relação a determinados bens, eticamente não irá funcionar. O negócio é que muitas pessoas acreditam trabalhar com uma honestidade dúbia, com momentos de ações extremamente éticas e outros menos honesto e contar com uma certa relatividade no âmbito ético.
A questão é como pensar ética e cidadania em inúmeros espaços totalmente vulneráveis em relação às possibilidades de convivências e sobrevivência? Ora, falar de ética e cidadania em locais em que o sujeito (objeto) não tem o mínimo de respeito e dignidade, garantida instituida pela tão linda constituição, vamos combinar, é complicado, até mesmo porque todos os dias podemos ver e até mesmo presenciar pessoas que detêm o poder econômico e político roubarem horrores, de formas cada vez mais mirabolantes, e o pior nunca pagam pelos seus crimes.
Com tudo isso de que maneira posso falar efetivamente em “etica e cidadania", de "participação e transforamçao social", quando o que temos é uma situaçao sócio-econômica em que o governo não garante o direito à cidadania. Toda essa situaçao causa, com efeito, uma descrença generalizada por parte dos objetos (sujeitos) em lideres que, claro, deveriam ser confíaveis.
Os efeitos são dramáticos, sobretudo nas camadas sociais menos favorecidas, dos marginalisados e segregados do sistema, vítimas em potencial do capitalismo canibal, capitalismo esse, que assola o mundo. A situação fica cada dia mais caótica, não desanimar é preciso, agora faça algo que efetive e contribua para o fim desse carnaval. Sim, pois segundo Janaina Maquiavelli, professora de ética, “Todo carnaval tem seu fim”, então vamos ver se tiramos algum bloco das ruas.
Faz-se necessário uma discussão minuciosa acerca do assunto, trabalhando diretrizes de atuação no segmento politico e economico, para facilitar as formas de conduta profissional tanto no campo ético como nas inumera relações sociais. Enfim, como ser sujeito produtor de ética e agente da cidadania?
Ética aonde esta você agora?

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